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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE LETRAS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Literatura Brasileira  III

 

 

 

Adenilton Correia Santos

José Aparecido Vieira dos Santos

Liliane Cristina Gomes dos Santos

Ronald Dória Alves

 

 

 

 

São Cristóvão, SE

2009

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE LETRAS

 

 

Literatura Brasileira  III

 

 

 

Análise da obra “Angústia” de Graciliano Ramos

 

 

 

 

Trabalho  apresentado a disciplina Literatura Brasileira III, como requisito  para obtenção de nota sob a orientação da Profª. Msc. Maria do Socorro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

São Cristóvão, SE

2009

 

Análise da Obra  "Angústia" de Graciliano Ramos

 

 

 

 

 

RESUMO

 

 

A observação da Litaratura Brasileira constitui peça fundamental para o entendimento da formação identitária de nossa literatura. Graciliano Ramos é detentor de um estilo próprio de escrita literária, pautada na realidade brasileira com a exploração dos sentimentos humanos através de suas características psicológicas, muitas delas afloradas pelas condições sociais sejam ela favoráveis ou não. Nesse perspectiva Graciliano apresenta-se como um dos expoentes de nossa literatura, tendo em Angustia, obra publicada em 1936, um amadurecimento de suas reflexões acerca da condição humana e suas implicações para o meio social em que está inserido.  

 

 

Palavras Chaves. Graciliano. Literatura. Angústia. Sociedade.

 

 

 

 INTRODUÇÃO

 

O presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise ainda que sucinta, da obra “Angústia” de Graciliano Ramos, uma das obras primas do autor,porém que ainda carece de estudos aprofundados sobre a sua temática. Basicamente realizaremos a análise de alguns personagens e tentaremos através de inferências demonstrar como o autor consegue trabalhar de forma coesa o social e o psicológico na obra

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1.1  Psicologia e ação em Angústia

 

As características das personagens gracilianas são expressadas principalmente através de suas ações refletidas do seu psicológico. Em Angústia o protagonista apresenta-se como um ser contraditório e que muitos críticos tem associado ao próprio Graciliano, o qual teria uma introspecção acentuada e gostava de temas relaiconados a destruição, conforme obsereva o critico Carpeaux (1982,p.23) “todos os romances de Graciliano Ramos são tentaivas de destruição”, não a destruição no sentido pejorativo e sim a destruição das farsas sociais, impostas aos pobres mortais como uma condição a ser seguida sem questionamentos. Sendo assim Graciliano irá utilizar-se do psicológico para demonstar como essas relações são processadas dentro da própria sociedade. Angústia como romance psicológico é construído pelo registro do fluxo de consciência dos personagens, sendo impossível resumir esse movimento de vaivém incessante, com seus saltos e lacunas.  O protagonista é Luís da Silva, 35 anos, lotado na Diretoria do Tesouro, em Maceió, Alagoas e que revela profundos sentimentos de autodepreciação, de insatisfação com a  vida que leva. Graciliano demonstra de forma verossimil características sociais e psicológicas, uma das memórias mais fortes ele descreve assim:

 

Penso na morte de meu pai. Quando voltei da escola, ele estava estirado num marquesão, coberto com um lençol branco que lhe escondia o corpo até a cabeça. Só ficavam expostos os pés, que iam além de uma das pntas do marquesão, pequeno para o defunto enorme. Muitas pessoas se tinham tornado donas de cas: Rosenda lavanderia, Padre Inácio, cabo José da Luz, o velho Acrísio. (p.28-29)

 

Se por um lado o narrador demonstra a dor e o sofrimento pela morte de um ente querido, que no caso de Angústia parece ser o espelho para o protagonista, por outro aparecem as figuras sociais típicas da epóca: as donas de casas, um policial, um padre( com todo os eu prestígio) e o velho Acrisio. Dessa forma o narrador descreve as diferenças sociais impostas pela estratificação ainda que implícita as quais os indivíduos estão obrigados a seguir e respeitar. É é justamente essa obrigação de seguir as imposições que coloca o protagonista em uma situação confusa, em que ele passa a acreditar que a sua vida não tem mais sentido, principalmente quando a sua última alegria, que seria o amor é colocada distante de sua realidade levando-o ao fim de sua existência.

 

 

Conclusão

 

Considerando suas obras e em especial “Angústia” pode-se dizer que Graciliano foi homem a frente de seu tempo. Suas reflexões sociais e psicológicas presentes em seus textos procuravam colocar o estudo da “realidade brasileira” dentro de uma perspectiva verossímel. O autor soube como poucos explorar o lado psicológico dos seus personagens, fazendo com que através dele fossem demosntradas as principais causas dos males que afligem alma humana, sem esquecer do papel fundamental exercido pelo meio social em que o indivíduo está inserido.

 

 

 

 

 

BIBLIOGRAFIA

 

RAMOS, Graciliano. Angústia. São Paulo: EGRT, 1972.

 

GUIMARÃES, Fernando. Simbolismo, Modernismo e Vanguardas. Impressa Nacional, S/D (25-34)

 

AMORA, Antonio Soares. Introdução à Teoria da Literatura. SP, Cultrix, 1977, 164p.